Unify your marketing and advertising teams. Save costs by up to 50% and boost marketing ROI.
Streamline organic and paid campaign orchestration across 30+ channels with a unified AI-powered platform. Unlock higher productivity, faster go-to-market and better brand governance.
A explosão dos vídeos curtos
Vídeos de poucos segundos são o futuro da memória. Foi com essa afirmação pouco modesta que Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, e Kevin Systrom, executivo-chefe do Instagram, apresentaram, há algumas semanas, um novo recurso do popular aplicativo de fotos. Agora, o Instagram também permite o registro e o compartilhamento de pequenos filmes – quase “tweets audiovisuais”.
A tendência em direção a esse tipo de conteúdo é mais que evidente. Comprado pelo Twitter, o aplicativo Vine foi um dos primeiros a oferecer ao usuário ferramentas simples para produzir e compartilhar vídeos nas mídias sociais, com duração de 6 segundos. Aos poucos, o aplicativo se tornou um dos mais baixados da iOS App Store e recentemente foi lançada sua versão para Android.
Sem perder tempo, Zuckerberg e Systrom anunciaram que o Instagram passaria a incluir entre seus recursos a produção de filmes curtos (a diferença é que, em vez de 6, eles duram 15 segundos). O sucesso foi estrondoso. Menos de 24 horas depois do lançamento, o aplicativo já contava com 5 milhões de vídeos publicados.
Demorou só um pouco mais do que 6 segundos para que o Vine sentisse o peso da chegada do concorrente: o número de links postados no microblog caiu em quase meio milhão no dia seguinte ao anúncio do Instagram.
Até o Yahoo! entrou para a corrida. Há alguns dias a empresa anunciou a compra do Qwiki, aplicativo para iPhone que permite fazer e compartilhar vídeos de pequena duração. O tamanho da aposta? Entre 40 e 50 milhões de dólares.
O sucesso é merecido. Microfilmes são um espaço extremamente maleável para se produzir conteúdo, principalmente se você deseja imprimir uma veia cômica ou excêntrica à sua narrativa, como tem sido feito por muitos usuários até agora.
Herdeiro dos gifs, o microvídeo tem a seu favor três características muito importantes:
É uma imagem. Todos nós estamos cansados de saber que conteúdos imagéticos são incrivelmente populares no meio digital. Assim, os filminhos feitos com smartphones, por mais simples e amadores que sejam, têm um grande apelo por serem visuais. Os filtros e efeitos, no caso do Instagram, permitem incrementar ainda mais a estética do conteúdo.
Se mexe. Por mais que fotos, infográficos e outras imagens estáticas também sejam valorizados, é inegável o apelo exercido por conteúdos em movimento. Veja, por exemplo, o sucesso dos gifs animados ou a grande audiência de sites de compartilhamento de vídeos, como o YouTube. A proximidade com a “vida real” é um grande atrativo.
É breve. Para muita gente, falta disposição, concentração ou mesmo paciência para se fixar em uma única peça de conteúdo por algum tempo. Vídeos de poucos segundos se concluem rapidamente e transmitem uma mensagem instantânea. É o sonho dos ansiosos: basta se deter um pouco na imagem e, pronto, já se entendeu a mensagem e – principalmente - já se pode rolar a tela para o conteúdo seguinte.
É certo dizer que os filminhos que podemos fazer com esse tipo de aplicativo combinam muito bem com o comportamento típico ou talvez estereotipado de um usuário de internet. Mas é indispensável fazer duas considerações.
A primeira é lembrar que esse formato não é unânime. Fotos fixas são e sempre serão populares nas mídias sociais (há gente que até se decepcionou com a novidade dos vídeos no Instagram, como esta blogueira do The New York Times). Da mesma forma, vídeos mais longos também têm seu objetivo e seu público, e conteúdos escritos, como este que você está lendo, possuem espaço cativo nas telas de muita gente.
A segunda observação é que esse conteúdo tão atraente e fácil de digerir não precisa ser necessariamente raso. Mesmo dentro do limite de poucos segundos, os pequenos filmes podem ser desenvolvidos de forma excepcionalmente criativa – por usuários comuns, figuras públicas, influenciadores e, claro, marcas.
Não por acaso, são cada vez mais numerosas as empresas que estão estabelecendo perfis nesses aplicativos, tentando se adiantar à concorrência. Sendo early-adopters, as marcas que já estão no Vine, por exemplo, ganham experiência com o formato antes das outras, aperfeiçoando seu uso da tecnologia e aprendendo a criar narrativas cada vez mais inteligentes e originais. Explorar as funções de vídeo do Instagram, por exemplo, pode “mudar o jogo” para as empresas, segundo a Fast Company.
A oportunidade está aí e implora para ser explorada. Não apenas anúncios, mas também vídeos institucionais, promoções, clipes, trailers e praticamente qualquer conteúdo pode estar contido nos segundos de um microfilme. Com pouco tempo, muito pode ser feito. E quem começar antes provavelmente fará mais.